HARMONIZAÇÃO: Queijos e Cervejas II



Seguindo o informativo sobre harmonizações, queijos e cervejas combinam tão bem quanto queijos e vinhos e como vimos no post anterior, existem inúmeras possibilidades que podem levar ao mais alto grau de satisfação.
Dentro dessa linha, vou expor outros eventos, dessa vez em maior amplitude, das diferentes combinações entre queijos e cervejas:

1. Mozzarela de Bufala - Pilsen
2. Queijo Boursin - Pilsen / Weizenbier
3. Queijo Chabichou - Pilsen / Weizenbier
4. Brie / Camembert - Pilsen / Kolsch / Weizenbier
5. Queijo Gouda - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
6. Queijo Chévre ( Cabra) - Pilsen / Kolsch / Weizenbier
7. Emmenthal - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
8. Appenzeller - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
9. Gruyere - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
10. Grana Padano - Dunkel / Pale Ale
11. Parmesão - Dunkel / Pale Ale
12. Pecorino - Dunkel
13. Gorgonzola - Weizenbock / Strong
14. Roquefort - Weizenbock / Strong
15. Blue Stilton - Weizenbock / Strong
16. Provolone - Rauchbier / Potter / Stout
17 . Defumado - Rauchbier / Potter / Stout
Essas são algumas das combinações possíveis, mas não quer dizer que sejam todas únicas. Por isso, é interessante experimentar uma cerveja ou mais cervejas com diversos tipos de queijos e verificar suas combinações, pois o melhor de tudo isso é a satisfação e o aprendizado.
Se você quiser saber um pouco mais sobre estes e outros queijos, Clique aqui... e você terá acesso a página de queijos do mundo que estou escrevendo.
Até mais...

CERVEJAS: Tipos de cervejas II

Anteriormente, falamos das duas principais famílias de cervejas: As Ales e as Lagers.
Hoje escreverei sobre a terceira família, se assim podemos dizer, de cervejas mundiais: As Lambics.
Essas cerveja são produzidas no vale do Rio Senne, uma pequena área de aproximadamente 25 km2 nos arredores de Bruxelas, Bélgica.
O que as diferencia das demais é o seu processo de fermentação, que é feito através de fermentação espontânea, sem a adição de leveduras. As cervejas recebem do ar leveduras selvagens e naturais que iniciam o processo e fermentam lentamente o mosto. São muito particulares e exclusivas, onde apresentam muitas vezes acidez marcante e podem demorar até três anos para completar seu processo de fermentação como as mais tradicionais e ainda passar pelo processo de segunda fermentação na garrafa, o mesmo método de fermentação d ochampagne.  
Dentro dessa linha de cervejas especiais, podemos encontrar 3 tipos distinto de cervejas:
Lambic-Fruits - Cerveja que contém em sua fórmula frutas inteiras, inseridas durante a fermentação, como framboesa, cereja, cassis e pêssego.
Faros - Lambics que tem adição de açucar e
Gueuzes - Blend de cervejas de diversas safras diferentes.

HARMONIZAÇÃO: Queijos e Cervejas

Como se sabe, a harmonização é o assunto da moda na gastronomia e hoje em dia tudo tende a seguir essa tendência. Harmonizar queijos sempre ficou a cargo dos vinhos, que na sua grande maioria das vezes, era considerado o companheiro ideal, mas, devido a grande oferta de cervejas dos mais diversos tipos, a combinação QueijoXCerveja também tem ganho adeptos.
Estarei mostrando algumas combinações a partir de agora e qual a melhor forma de fazê-los.
Espero que gostem.

Num processo de harmonização, devemos sempre pensar nas carcterísticas de ambos, queijos e cervejas, e nas suas estruturas como corpo, acidez, amargor, doçura, etc.
Sendo assim, devemos combinas cervejas leves a queijos leves, cervejas encorpadas com queijos encorpados, queijos de sabores fortes com cervejas fortes, etc.
Nesse quesito, devemos iniciar com as Pilsens, que são cervejas leves com amargor variável, dependendo do país, com os queijos mais leves. A melhor indicação para esse tipo de combinação seria a mozzarela de búfala, que nada mais é um queijo leve e quase fresco com a Pilsen, pois o amargor da cerveja e seu leve corpo, não serão superiores ao gosto leve da mozzarela.
Como indicação, deve-se sorver a cerveja em primeiro lugar e comer o queijo em seguida, depois mais cerveja, mais queijo, etc.
Sabemos que a combinação se torna ideal quando a sensação na boca é aquela em que nenhum dos dois itens eliminem os aromas do outro, ou seja, simplesmente se complementem ou realcem seus sabores.
Na próxima postagem darei novas indicações e novas combinações....
Até lá...
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COLORADO CAUIM

Representante nacional de cervejas, essa Premium Pilsen é uma das novas cervejas de características artesanais. Produzida em Riberião Preto, pela cevejaria Colorado, com água do aquífero Guarany, maltes e lúpulos importados, mandioca e levedura de baixa fermentação. A origem do nome é do dialeto Tupy, que deriva de uma bebida feita pelos índios com cereais e mandioca. Nos aromas a Cauim lembra as Pilsens tradicionais com uma ligeira presença de especiarias e frutas. Sua espuma clara e densa de média duração é espessa e no paladar harmoniza muito bem o alcool com o leve amargoe e apitada doce, proviente da mandioca.
Deve ser servida entre 0 e 4 Graus e tem teor alcoólico de 4,5%.
Acomapanha pratos de anchovas, bacalhau, salada de folhas verdes, massas com frutos do mar, etc..
Se você procura esta cerveja, vejo os endereços no LOJAS E EMPÓRIOS DO ABC, ou se você é comerciante e busca maiores informações sobre este produto, acesse DANILO MUNIZ

SCHOFFERHOFER KRISTALWEIZEN

Outra representante alemã de muito respeito, a Schöfferhofer Kristallweizen é uma típica cerveja de trigo alemã filtrada. Por ser filtrada, não apresenta o aspecto turvo característico de uma cerveja de trigo, mas um aspecto translúcido com espuma branca e de média duração. Seu aroma apresenta notas de banana, limão e malte. No paladar apresenta o amargor do lúpulo, mas não extravagante. Final harmônico e com muita refrescância.
Acompanha pratos leves, como saladas, aves, peixes, salsichas brancas, queijos suaves e sobremesas.
Para maiores informações aonde encontrar essa cerveja, acesse EMPÓRIOS E LOJAS DO ABC, ou se você é comerciante e quer adquirir este produtos acesse a página do DANILO MUNIZ.
Abraços...

SCHOFFERHOFER HEFEWEIZEN

Esta é a cerveja alemã Schofferhofer Hefeweizen, produzida pelo grupo Alemão Raderberger, um dos maiores grupos alemães com fábricas em 18 cidades da Alemanha. Essa cerveja é uma típica representante das Hefeweizen, sendo uma cerveja de trigo, com coloração ambar, turva com espuma densa e consistente. Nos aromas, especiarias e frutas concentradas (cravo, banana, etc...). 
No paladar refrescância e corpo, aliado ao baixo amargor.
Maiores informações sobre encontrar...EMPÓRIOS E LOJAS DO ABC ou se você é comerciante e quer conhecer esta cerveja....envie uma mensagem para Danilo Muniz, que entrarei em contato.


Danilo Muniz


COLORADO DEMOISELLE

Esta cerveja Porter é carregada em aromas e sabores, robusta no corpo e com um leve tostado, característico das cervejas deste estilo. É produzida com o que há de melhor em ingredientes nacionais e importados.
O café utilizado na fermentação é da região Alto Mogiana e passa por um exclusivo processo de maceração à frio antes de ser adicionado a cerveja, mantendo inalterados seus aromas e sabores.
Deve ser servido a temperatura de 8 até 12 graus, ou seja, nãoé uma cerveja para consumo extremamente gelada.
Tem graduação alcoólica de 6%.
E esta cervejaé uma homenagem a Santos Dumont, sendo que a cervejaria batizou a cerveja com o nome do primeiro aeroplano inventado por esse brasileiro mundialmente reconhecido como pai da aviação.

CERVEJAS: Tipos de cervejas.

Existem no mundo mais de 120 tipos de cervejas diferentes, mas basicamente são 3 as famílias que imperam no universo cervejeiro: Ales, Lagers e Lambics.
Nesse primeiro momento, estaremos tratando das duas primeiras famílias, que são as responsáveis pela maior participação no mercado cervejeiro e são as cervejas com exploração comercial.
  • ALES
As cervejas do tipo Ale são as mais consumidas e populares do Reino Unido, sendo conhecidas como cervejas de alta fermentação, ou seja, as leveduras responsáveis pela fermentação sobem a superfície no final do processo, que chega a tingir temperaturas de entre 15 e 24 c.
São as cervejas mais antigas, sendo que esse processo foi o único até meados do século XIX.
Como na Idade Média, os monges foram os maiores responsáveis ela fabricação de cervejas, atribuiu-se o nome ALE da palavra ALU, que significa em anglo-saxão, extâse religioso.
Na família das Lagers, podemos encontrar as cervejas que hoje em dia apresentam conotação gastronômica, como as Weizen (Trigo), India Pale Ale, Red Ale, etc.

  • LAGERS
A família das Lagers compreende exatamente o inverso descrito no item acima, ou seja, as leveduras da cerveja são finalizadas no processo de fermentação  na parte inferior dos tanques. As LAgers são chamadas de cervejas de baixa fermentação, primeiro em função do processo da levedura descrito acim, que ficam depositados na base dos tanques e pela temperatura necessária para este processo, em torno de  6 a 12 C.
Provavelmente originária da Baviera, tem a sua  maior característica o nome, pois em alemão a palavra Lager significa armazenar. A história desta cerveja remonta a meados do século XIX, pois esse tipo de cerveja necesita de baixas temperaturas, e nesse caso, essa cerveja só possui produção no inverno e no verão a cerveja era enviada para"armazenamento" nas montanhas.
Tipicamente, na família das Lagers encontram-se as cervejas Pilsen, largamente consumidas no Brasil, sendo consideradas cervejas de consumo, mas com grandes representantes na República Tcheca, Alemanha, Brasil, etc., sendo cervejas consideradas "refrescantes" com colaração amarela, espuma de pequena a média intensidade e na maioria dos casos baixo amargor.

EIKBIER RED ALE

Por mais incrivel que pareça, isso é uma mera coincidência e no final da postagem explico o porque.



EIKBIER RED ALE
Cerveja do tipo Ale (Alta Fermentação)
Graduação Alcoólica: 6,0 %
Aspectos 
Coloração Avermelhada.
Aroma complexo, corpo denso e médio amargor.
Harmonização
Robusta, combina com pratos bem condimentados e frutos do mar.
Serviço
Melhor servida entre 8 e 12 graus.
Copo ideal:
Tulipa ou Caldereta
No último sábado, fui convidado pelo meu amigo e parceiro Rafael do Empório Maggiore para experimentar 2 vinhos que haviam sido entregues a ele para degustação e como se tratavam de 2 exemplares que sou muito fá (Morandé Duetto Sauvignon Blanc 2005 e Chardonnay 2003), preparei-me tanto para o melhor quanto para o pior, que poderia ser os vinhos estarem bons ou ruins respectivamente, e para nosso azar, os vinhos já haviam passado do ponto.
Para nossa salvação, havia deixado uma amostra dessa cerveja no empório e a criança estava bem gealada.
Nessa ocasião,  somente pulando do vinho para a cerveja para ser salvo.
A surpresa ficou por conta dessa Red Ale que, no início, não mostrou muito seus aromas e sabores e parecia ser até mesmo uma breja enjoativa, mas...
.... para nossa surpresa, conforme a temperatura da cerveja subia, seus aromas e sabores começaram a se alterar, o que indicava que o "drinkability" da cerveja deve-se realmente a temperatura de serviço.
Após provarmos o último gole quase 30 minutos após a sua abertura, ficou comprovado que o temperatura de serviço, até mesmo para uma cerveja, influência e muito no resultado final.
Aconselho a todos a fazer este teste,
Abraços


Danilo

CERVEJAS: Principais diferenças.

É isso ai pessoal, estaremos a partir da próxima postagem discutir sobre diferentes tipos de cervejas: Ale, Lagers, etc.
Estaremos discutindo também a diferença entre Pilsens, Stouts, Hefeweizen, Potters, e todas as famílias de cervejas encontradas no mundo.
Espero acrescentar um pouco mais de informações e ajudá-los na decisão de compra de todos os rótulos encontrados hoje em dia em lojas, mercados, bares, etc.
Bom divertimento.

Danilo Muniz

EIKBIER WEIZEN

Continuando o ciclo de cervejas experimentadas e comentadas, segue a ficha técnica e de uma novidade artesanal de Taboão da Serra e informações sobre a minha percepção.

EIKBIER WEIZEN
Cerveja do tipo Ale (Alta Fermentação)
Produzida com maltes de trigo e cevada.
Graduação Alcoólica: 5,5 %
Aspectos 
Coloração Dourada, naturalmente turva.
Aroma com notas de banana e especiarias, corpo denso e baixo amargor.
Harmonização
Combina com pratos apimentados e até mesmo com sobremesas.
Serviço
Melhor servida entre 4 e 7 graus.
Copo ideal:
Weizen
Experimentei esta cerveja num almoço de domingo e posso afirmar que o acompanhamento dela era algo bem inusitado para uma cerveja: uma bela bacalhoada.
Pelo sabor forte e persistente do bacalhau, acreditei que a creveja seria superada e ficaria sem gosto, ou até mesmo com o sabor metalizado, típico do bacalhau, que pode simplesmente fazer com que a bebida suma.
Mas o contrário apareceu. A cerveja acentou o sabor do bacalhau e não entrou em conflito com os acompanhamentos: ovos, alho, cebolas.
Por sua vez, o bacalhau não tirou a característica da cerveja, o aroma de especiarias, o amargor não foi acentuado o que proporcionou uma bela combinação.
Recomendo a cerveja e como sou fã, o bacalhau com certeza.
Abraços


Danilo Muniz

HISTÓRIA: Lei da Pureza Alemã de 1516 ou Reinheitsgebot

A lei da Pureza Alemã ou Reinheitsgebot data de 23 de Abril de 1516 e foi promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, criando assim uma das leis de alimentação mais antigas do mundo. Essa lei é antecessora lei promulgada pelo Marquês de Pombal que instituiu a legislação para o vinho do Porto, que só foi acontecer em 1756. Portanto, trata-se de um registro histórico de suma importância, pois talvez por ele, hoje nós tenhamos a garantia de qualidade de produtos que até então nem era conhecida a sua fabricação, seus métodos e processos, etc.
A legislação previa que somente poderiam ser utilizados na fabricação de cerveja água, malte de cevada e lúpulo.
Em 1906 a lei foi alterada e estendida para toda a Alemanha, e após a 2 Guerra Mundial, novos itens foram incorporados:
  • Nas cervejas de baixa fermentação foram autorizadas o malte de cevada, o lúpulo e a água;
  • Nas cervejas de alta fermentação além de todos esses itens, foram autorizados o malte de outros cereais, bem como corantes e um número limitado de açucares.
  • E por último, deram maior liberdade as cervejas destinadas a exportação.
Por isso que alemão fala que os Belgas e os outros países produtores não fazem cerveja.....
Mas essa lei tem o seu valor histórico e por isso que hoje temos controles de qualidades muito mais abrangentes e rigorosos.

DEGUSTAÇÃO: Weihenstephaner Vitus

Weihenstephaner Weizenbock Vitus. 
O nome é complicado, comprido e cheio de consoantes, o que dificulta mais ainda a compreensão e enrola a lingua, mas o líquido turvo, de coloração acobreada e aroma de caramelo e especiarias que esta cerveja alemã proporciona vale as horas tentando decifrar esse enorme palavrão. É uma digna rpresentante da cultura germânica para a produção de cerveja, onde só podia entrar água, cevada e lúpulo, sendo que a levedura de cerveja ainda não era conhecida na época. É uma cerveja realmente especial, para apreciadores e quem gosta de descobrir novos sabores.
Excelente cerveja para acompanhar pratos da gastronomia internacional e carregados em condimentos.
Se você ainda não conhece vale a pena experimetar.
Se já, não custa nada abrir mais uma.


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